segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Por ora...

Por ora eu me contento.
Para espanto de muitos e alegria de poucos, nasci teimosa. E a vida, que nada deixa escapar, me acompanha nessa teimosia e às vezes até lhe ouço a risada empurrando-me, fazendo-me prosseguir.
Essa expressão tão usada de matar um leão por dia não me agrada por tudo que ela carrega em si; o ato de tirar a vida e o leão que, convenhamos, sequer sonha com minhas agruras.
Então, quando chega o momento, não necessariamente ao final do dia, em que me dou conta que venci o monstro que me assombra a cada despertar, eu festejo sozinha e depois divido com poucas e caríssimas pessoas.
Comemoro cada mínima vitória sorrindo para a imagem no espelho, fazendo uma prece, agradecendo a Deus, ao universo e, nesse momento, eu me contento.
Por ora eu me contento, pois assim como é certo que outros monstros surgirão, o mesmo acontece com minhas aspirações que me fazem ver a vida que em tantos momentos pensei ter me abandonado.
É então que tudo se soma e se mistura: a alegria genuína dessas poucas pessoas que me são tão caras com a risada contagiante da vida me chamando para o mundo e me fazendo querer e acreditar que há muito mais logo ali adiante.
E acreditando, por ora me contento. Por ora...

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