sábado, 28 de novembro de 2009

Eu canto e o porquê de Bandolins

Amo música. Não, não canto; desafino, saio do tom, mas acreditem, sou apaixonadamente musical. Ouvi de um professor de música que qualquer pessoa pode aprender a cantar e, desde então, estou reunindo coragem para desafiá-lo: se conseguir fazer com que eu cante minimamente bem...não, bem é pedir demais: minimamente razoável, iniciarei a campanha, levantarei a bandeira “CANTEMOS, POBRES DESAFINADOS”!
Mas, voltando das divagações, vício incorrigível, eu amo música; fico extasiada com as letras, melodia, rítimo. A letra me apaixona; memorizo, interpreto, analiso, sem sequer ter consciência disso. Definitivamente, invade meus pensamentos e, sem que perceba o caminho que ela tomou para me envolver, descubro um sorriso, uma emoção, choro, tudo numa avalanche que faz com que me sinta viva e de cara para o mundo.
Já a dança, faz parte de mim; danço sem o menor conhecimento técnico, impossível de adquirir com apenas dois anos de balé. Sinto que os passos, o movimento, cadência, encontraram-me e reconheceram-me muito antes que eu mesma pudesse ver-me. E, quando danço, a vida, o mundo são perfeitos; o riso, o prazer, a alegria expulsam a tragédia, a tristeza. Ouço apenas a música que cala a sonoridade desagradável e os movimentos caóticos e desesperados que me rodeiam.
Daí BANDOLINS, que reúne tudo isso, embala, impulsiona e faz com que queira cantar, além de dançar, valsando como valsa uma criança...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Bandolins
Oswaldo Montenegro
Composição: Oswaldo Montenegro


Como fosse um par que
Nessa valsa triste
Se desenvolvesse
Ao som dos Bandolins...

E como não?
E por que não dizer
Que o mundo respirava mais
Se ela apertava assim
Seu colo como
Se não fosse um tempo
Em que já fosse impróprio
Se dançar assim

Ela teimou e enfrentou
O mundo
Se rodopiando ao som
Dos bandolins...

Como fosse um lar
Seu corpo a valsa triste
Iluminava e a noite
Caminhava assim

E como um par
O vento e a madrugada
Iluminavam a fada
Do meu botequim...

Valsando como valsa
Uma criança
Que entra na roda
A noite tá no fim

Ela valsando
Só na madrugada
Se julgando amada
Ao som dos Bandolins...

sábado, 21 de novembro de 2009

A Porção Melhor

Que nada, minha porção mulher que até então se resguardara
É a porção melhor que trago em mim agora
É o que me faz viver
...”

Super-Homem, a Canção
Gilberto Gil

Em pleno clima de final de ano, com as cidades já vestidas em tons de verde, vermelho, dourado e, feericamente iluminadas, as pessoas fazem planos, avaliam seus erros, anotam os acertos e fazem, mesmo que apenas mentalmente, listas de propósitos e objetivos a serem cumpridos e alcançados no próximo ano.
O Dia da Consciência Negra é celebrado, a história de Zumbi dos Palmares é lembrada e contada nas mais diversas manifestações artísticas, literária e pelos meios de comunicação.

Enquanto isso, na Somália localizada no extremo leste do continente africano, na região semiárida conhecida como Chifre da África, uma mulher de 20 anos é apedrejada até a morte por ter um relacionamento extraconjugal. Ao namorado, solteiro, 29 anos com quem teve um caso e um filho que já nasceu morto, coube a punição de cem chibatadas pela mesma infração. O xeque Ibrahim Abdirahman, juiz do grupo al-Shabab, disse que a mulher foi morta na terça-feira, em frente a uma multidão de aproximadamente 200 pessoas, perto da cidade de Wajid. Abdirahman.

Nós, que como Deus, temos o privilégio de sermos brasileiros, usufruímos das tradicionais festas e confraternizações que marcam esta época, uma vez a cada ano; na Somália, este foi, segundo alguns canais de notícia, o quarto apedrejamento até a morte por adultério no último ano.

A nós, abençoados por Deus, resta o refúgio da couraça, da venda que permite a cegueira à Justiça, para ocultar de nossos corações e mentes as barbáries e, em confortável ignorância, vivermos a porção de obrigatória alegria. E como poderia ser diferente?

sábado, 14 de novembro de 2009

Geisy em Altas Horas

Serginho Groisman anunciou hoje no Twitter a presença de Geisy em seu programa.
Vi umas poucas entrevistas com a garota, li várias matérias e algumas coisas sobre propostas, fotos e, acredito, fofocas que casos assim sempre dão origem. Considerando a polêmica causada pelo famigerado vestido "pink", acho que vale a pena assistir ao Altas Horas. Posso afirmar com muita tranquilidade que não tenho e abomino preconceitos, mas, por tudo que vi, li e ouvi acredito que ela vem alcançando seu objetivo.
Ressalvo, entretanto, que nada disso exime a responsabilidade da Uniban.
Resta, agora, desejar que todos os envolvidos repensem suas atitudes, valores, postura e vivam com um pouco mais de discernimento.
BlogBlogs.Com.Br

Nobreza







Pesquisei e constatei que os meninos das fotos não foram manchete, ou sequer notícia de jornal. Até onde eu sei, eles não roubaram, não usaram drogas. Não são testemunhas da CPI, do DETRAN, do METRÔ; não teem cartão corporativo e não estavam na UNIBAN no famoso “dia Pink”. Provavelmente estavam andando por uma rua de um bairro carente, indo ou voltando de suas precárias moradias e fazem parte de uma família mais carente ainda.
Eles não ouviram nenhum choro, não encontraram um bebê abandonado por uma mãe desesperada ou insana.
Eles apenas agiram por piedade, solidariedade. Tenho certeza que sequer imaginam a grandeza de sua atitude; foram movidos por instinto, por valores raros nos dias atuais.
Que a dignidade e nobreza desses meninos seja contagiante e que outros necessitados cruzem o seu caminho; que o futuro lhes sorria e proteja.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sobre vestidos, Geisy e UNIBAN


Um vestido inadequado, vulgar, de mau gosto gerou a polêmica da semana.

No país das mulheres frutas, do apagão, do povo que sifu, que foi "pras cucuias", que reclama por dormir no chão de aeroportos e leva na cara um "relaxa e goza", uma triste figura, absurdamente inadequada, consegue tomar conta dos noticiários, indisfarçavelmente realizada com a vergonhosa fama obtida.

Desde o início dessa patética “polêmica”, o oportunismo, aliado à ausência de bom senso predominou.

A UNIBAN expulsou e, depois, retrocedeu. Foi obrigada a retroceder por não ter fundamentado a expulsão no que ela, talvez, fosse justificada: o comportamento e não o traje.

Um vestido, por mais curto ou ousado, não provocaria o tumulto, a indignação que se viu nas imagens tantas vezes veículadas nos telejornais.

Pobre Geisy. Pobre de amor próprio, de orgulho, de respeito à Mulher. Ela quis e talvez tenha conseguido alguma promoção. Que a triste e degradante fama lhe seja leve.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Heroínas Americanas Falam Bullshit.?

Assisti uma cena da novela das oito/nove em que Lília Cabral e Taís Araújo, rivais e, respectivamente, ex e atual mulher do ricaço, interpretado por José Mayer, travam um diálogo, no mínimo...surreal/absurdo/revoltante.
O lugar é o aeroporto e Helena (Taís Araújo) vai embarcar para o exterior, para um desfile junto com Luciana (Aline Moraes).
Tereza, personagem de Lília Cabral, informa a “mocinha” Helena (Taís Araújo) que Luciana estará sob sua total responsabilidade. “Luciana vai e volta com você, Helena.”
Juro que eu estava acompanhando o diálogo e preparada até para um palavrão como resposta. Mas, a mocinha, olhando fixamente para a outra, bate meigamente as longas pestanas e concorda.
Bullshit!
Quero meu troco


Uma das coisas mais irritantes é quando, depois de levar uma bela puxada de tapete aparece um pretenso filósofo/consolador e manda: “A gente tem que fazer as coisas por convicção, sem esperar nada em troca.” NEM A PAU!!!!
Quer dizer, você já estava pra baixo do tapete (aquele que o sacana puxou) e o outro manda pra baixo do piso.
Eu não sei quem é pior, o sacana do tapete ou o filósofo consolador. Espera, ficou confuso. Quem é o sacana mesmo?

Sejamos sinceros: Todo mundo sempre espera retorno. Pais, filhos, namorados, amantes, ficantes, amigos, companheiros. Companheiros?! Hã...não sei...”companheiros” parece meio fora de contexto, meio que desvirtuada. Bom, voltando aos sacanas...Epaaa! Olha só, de novo, ”companheiros”, “sacanas”...Caramba! Divagando de novo. Foco! Foco! Certo, certo.
Quem diz que não espera troca ou troco mesmo, é santo ou hipócrita e, bem, não tenho visto muitos santos ultimamente.
5,4,3,2,1........Goooooooooooooooo